TEMA DO PROJETO:
As implicações psicossociais da revelação diagnóstica na perspectiva dos pacientes com HIV/AIDS e dos profissionais de saúde
ARTIGO:
MARQUES, Heloisa Helena de Sousa et al . A revelação do diagnóstico na perspective dos adolescents vivendo com HIV/AIDS e seus pais e cuidadores. Cad. Saúde Pública , Rio de Janeiro, v. 22, n. 3, 2006 .
RESUMO:
O objetivo deste artigo foi identificar aspectos da revelação do diagnóstico da infecção pelo HIV a crianças e adolescentes, sob o ponto de vista de adolescentes vivendo com HIV/AIDS e seus cuidadores, procurando entender as dificuldades envolvidas e indicar estratégias para sua superação. Trata-se de um estudo qualitativo. Foram realizadas entrevistas com adolescentes de idade entre 10 e 20 anos, conhecedores do seu estado sorológico, e com cuidadores de outros adolescentes na mesma condição, conhecedores ou não da sua soropositividade, em serviços de referência nas cidades de São Paulo e Santos. Os participantes foram selecionados conforme perfis relevantes para o estudo proposto combinando aspectos como idade do adolescente soropositivo, seu sexo, modo de infecção e características do cuidador. O quadro teórico que guiou o estudo foi construído com base no conceito de vulnerabilidade. Como resultado dessa experiência observou-se que as demandas para revelação do diagnóstico são geradas pela própria equipe, por familiares e por ambos. Foram identificados como elementos que dificultam a tarefa: o medo do preconceito, da discriminação e da reação da criança, e do que poderá acontecer após a revelação; o desconforto pela exposição da história familiar; e medo das responsabilidades. Como principais motivações para a revelação foram apontados: má adesão ao tratamento, iminência de início da vida sexual, demanda da criança ou adolescente e abordagem inadequada do profissional. A revelação diagnóstica mostrou-se um momento crítico na vida dos adolescentes infectados pelo HIV, principalmente para aqueles infectados por via sexual ou uso de drogas, e suas famílias. Apesar de relatarem um impacto negativo a princípio, a revelação mostrou-se posteriormente benéfica em relação aos cuidados do adolescente com a sua saúde e melhoria no diálogo com cuidadores e serviços. A principal recomendação, sugerida com base no estudo, é que o momento da revelação deve fazer parte de um planejamento de longo prazo, negociado ativamente com a família e conduzido por equipes multidisciplinares.
EQUIPE:
Ernani França, Marília Pena e Suilan Rossiter.
As implicações psicossociais da revelação diagnóstica na perspectiva dos pacientes com HIV/AIDS e dos profissionais de saúde
ARTIGO:
MARQUES, Heloisa Helena de Sousa et al . A revelação do diagnóstico na perspective dos adolescents vivendo com HIV/AIDS e seus pais e cuidadores. Cad. Saúde Pública , Rio de Janeiro, v. 22, n. 3, 2006 .
RESUMO:
O objetivo deste artigo foi identificar aspectos da revelação do diagnóstico da infecção pelo HIV a crianças e adolescentes, sob o ponto de vista de adolescentes vivendo com HIV/AIDS e seus cuidadores, procurando entender as dificuldades envolvidas e indicar estratégias para sua superação. Trata-se de um estudo qualitativo. Foram realizadas entrevistas com adolescentes de idade entre 10 e 20 anos, conhecedores do seu estado sorológico, e com cuidadores de outros adolescentes na mesma condição, conhecedores ou não da sua soropositividade, em serviços de referência nas cidades de São Paulo e Santos. Os participantes foram selecionados conforme perfis relevantes para o estudo proposto combinando aspectos como idade do adolescente soropositivo, seu sexo, modo de infecção e características do cuidador. O quadro teórico que guiou o estudo foi construído com base no conceito de vulnerabilidade. Como resultado dessa experiência observou-se que as demandas para revelação do diagnóstico são geradas pela própria equipe, por familiares e por ambos. Foram identificados como elementos que dificultam a tarefa: o medo do preconceito, da discriminação e da reação da criança, e do que poderá acontecer após a revelação; o desconforto pela exposição da história familiar; e medo das responsabilidades. Como principais motivações para a revelação foram apontados: má adesão ao tratamento, iminência de início da vida sexual, demanda da criança ou adolescente e abordagem inadequada do profissional. A revelação diagnóstica mostrou-se um momento crítico na vida dos adolescentes infectados pelo HIV, principalmente para aqueles infectados por via sexual ou uso de drogas, e suas famílias. Apesar de relatarem um impacto negativo a princípio, a revelação mostrou-se posteriormente benéfica em relação aos cuidados do adolescente com a sua saúde e melhoria no diálogo com cuidadores e serviços. A principal recomendação, sugerida com base no estudo, é que o momento da revelação deve fazer parte de um planejamento de longo prazo, negociado ativamente com a família e conduzido por equipes multidisciplinares.
EQUIPE:
Ernani França, Marília Pena e Suilan Rossiter.
8 comentários:
Avalio que a equipe foi feliz na escolha do artigo. As informações do resumo estão sucintas e convidativas a uma leitura completa do texto. Também, o artigo mostra-se pretinente ao tema que a equipe pretende abordar. Sucesso!
Muito bom!! A equipe conseguiu resumir bem o artigo, pontuando todas as informações que são relevantes! Começou mencionando o objetivo do artigo, falou do problema que foi abordado, delimitou bem a metodologia utilizada, quadro teórico...as conclusões que foram tiradas dessa pesquisa, enfatizando os resultados,que, por sinal, são pertinentes ao tema do projeto!
Isso aí..estão no caminho certo! =)
Ps.: Mas acho que vocês poderiam ter emitido uma opinião pessoal sobre o artigo, facilita o processo de organização dos artigos por ordem de importância!
Muito bom!!! Achei bem interessante o texto escolhido para o resumo, pois a temática é bem semelhante ao objeto de estudo de vocês, o que não acontece com todos os temas, muitas vezes sendo de difícil tarefa a revisão de literatura. Um dos pontos mais importantes que encontrei foi a dificuldade da revelação, o receio do desconhecido e medo do preconceito, mas ao mesmo tempo é interessante observar que a própria demanda para revelação do diagnóstico é gerada pela equipe, por familiares e por ambos. Ou seja, os próprios sujeitos que temem a revelação são os que se preocupam em revelar, talvez pelo próprio benefício em relação aos cuidados do adolescente com a sua saúde. O resultado do estudo está bem adequado ao tema de vocês. Em relação à estrutura o resumo ficou bem completo e esclarecedor, só senti falta do número de participantes.
Mas é isso aí! Parabéns!
Pois é Marcia, achamos que você tem razão. Vamos acatar sua sugestão para os próximos resumos. Um abraço.
Oi Karina, que bom que gostou. É realmente uma questão bem delicada. Os cuidadores sabem que a revelação é inevitável, mas ficam muito receosos sobre como e quando deve ser feita. Participaram do estudo 22 adolescentes e 13 cuidadores de 5 instituições.
Olá Pessoal,
Achei o artigo bastante pertinente para a temática que vcs querem pesquisar. Uma coisa que me chamou a atenção foi para a discussão que a autora deve fazer no artigo sobre o conceito de vulnerabilidade! Acho que uma discussão legal apontaria para levantar questionamentos acerca da vulnerabilidade dessas pessoas pelo conceito de risco social. Qual é o risco que essas pessoas representam para sociedade? Acho que é preciso aprofundar a discussão deste conceito de vulnerabilidade, principalmente quando estamos estudando este tipo de população!
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