domingo, 11 de maio de 2008

TEMA:
A contribuição da arteterapia na melhoria da qualidade de vida de pacientes oncológicos idosos durante a internação.

ARTIGO:
ORMEZZANO, Graciela; ARRUDA, Liane Z.
Intervenção arteterapêutica com uma paciente oncológica idosa. Rev. Bras. de Ciên. do Envelh. Hum.; V. 2 N. 2 - Jul.-Dez. / 2005.

RESUMO:

O objetivo do estudo foi encontrar respostas sobre a contribuição que a arteterapia pode trazer ao conforto de pacientes oncológicos idodos e oferecer subsídios para a melhoria da qualidade de vida desses pacientes durante a internação. Buscou-se a significação de uma intervenção arteterapêutica individual e dos desenhos realizados pelos pacientes oncológicos, com o intuito de interpretar o simbólico nas imagens produzidas no leito hospitalar. Este foi um estudo qualitativo que usou a estratégia de estudo de caso, apresentando o caso de uma paciente que fez parte de uma investigação maior realizada no Posto 2 do Hospital São Vicente de Paulo, na cidade de Passo Fundo, RS, na qual foram atendidos todos os pacientes oncológicos ali internados duas vezes por semana, durante o período de noventa dias.

Dentre os pacientes atendidos, foi escolhido o caso de Laura, de cor branca, sessenta anos, casada, com filhos, portadora de mieloma múltiplo. Essa mulher foi selecionada por ter contraído uma doença que normalmente acomete pessoas idosas, que não ocorre antes dos quarenta anos e que afeta principalmente homens e negros. Por essas razões, ela foi convidada a participar da pesquisa e assinou o "termo de consentimento livre e esclarecido". Em cada abordagem a paciente fazia um desenho no qual expressava o que estava sentindo naquele momento. No processo arteterapêutico, o importante é o que o autor do desenho quer dizer através dele e como ele o vê. O desenho tinha um significado próprio para a paciente, permitindo um diálogo interno e, posteriormente, a exteriorização ao falar para o arteterapeuta. Fora do processo terapêutico e com vistas a um conhecimento aprofundado sobre as possibilidades de simbolização das imagens visuais, foi realizada uma interpretação dos desenhos produzidos com base nas teorias do imaginário.

O estudo pode sugerir alguns indícios dos benefícios do tratamento arteterapêutico aos pacientes oncológicos idosos: pelo desenho, pode-se permitir a expressão de idéias ou sentimentos não verbalizados e auxiliar a resolver os desconfortos provocados por esses conteúdos internos. Pode-se constatar que essa abordagem favoreceu a paciente a entender sua situação e a reorganizar-se, além de provocar um alívio pelo choque diante da doença e da hospitalização, proporcionando-lhe melhores condições de vida durante a internação.


Acreditamos que o artigo, apesar de ser um estudo de caso, poderá nos ajudar já que o tema do nosso trabalho também envolve a arteterapia e o câncer. No entanto, sentimos falta de uma definição do que são as teorias do imaginário utilizadas como base da interpretação dos desenhos feitos pela paciente.

GRUPO: Bruna Improta, Elizabete, Marcia Lisboa e Maria Luiza Oliveira.

4 comentários:

Isabele Plácido disse...

Oi, meninas! Eu gostei do resumo, acho q o objetivo, os participantes (no caso, Laura) e o método foram bem explicadinhos. Há também um "feedback" da pesquisa quando os autores colocam os benefícios deste tipo de terapia (do desenho) para a paciente. Realmente, como vocês colocaram, faltou uma melhor explicação da teoria que embasou a análise dos desenhos. Eu acho que a interpretação de desenhos é algo meio pessoal (mesmo que haja uma técnica e tal), por isso a teoria deveria ter importância no texto. De qualquer forma, os autores conseguem atingir o propósito da pesquisa. Ah, gostei bastante do tema de vocês! Abraços.

Amanda Almeida disse...

Acho que o resumo está bem escrito. A partir dele, eu tive uma noção bem clara sobre o que seria o artigo. E a sua escolha é bastante justificável, levando-se em consideração o tema da equipe.
Acredito que seria ainda mais pertinente caso as autoras tivessem colocado quais teorias sobre o imaginário foram utilizadas, pois existem várias, acredito até que a Teoria das Representações Sociais, que estudamos no semestre passado, seja uma delas.
Pois a ausência de um referencial teórico, ou a falta de especificação dele, passa a impressão de uma interpretação tão subjetiva que beira o campo do esoterismo.

Priscila Galvão disse...

Oi meninas! Resolvi comentar sobre esse tema porque acho que ele se aproxima um pouco do nosso, uma vez que também tratamos de pacientes oncológicos. O artigo foi pertinente à escolha da equipe, e acho que vocês poderiam procurar outros que falem sobre os impactos do câncer para o paciente e a partir disso ver de que forma a arterapia poderia intervir. Além disso, por ser apenas o estudo de um caso específico, acho que restringe um pouco os resultados da pesquisa.
Eu tenho uma tia que é formada em arteterapia, posso até passar o contato pra vocês, e pelo que já conversei com elas existem diversas técnicas além do desenho que poderiam ser aproveitadas.
Qualquer coisa estou à disposição, quem sabe podemos também trocar algum material?

Beijos e boa sorte!

Leonardo Moura disse...

olá galera!
Eu também gostei bastante do resumo, apesar de também sentir a falta da especificação teórica que voces citaram. O resumo parece se adequar bem ao tema da pesquisa. Agora acredito que seja necessário levar em conta outros tipos de terapia utilizadas no tratamento do cancer, para que possamos, inclusive, comparar as diversas formas de tratamento.
Abraços