TEMA DO PROJETO:
As implicações psicossociais da revelação diagnóstica na perspectiva dos pacientes com HIV/AIDS e dos profissionais de saúde
EQUIPE:
Ernani França, Marília Pena e Suilan Rossiter
ARTIGO:
SEIDL, E. M. F.; ROSSI, W. S.; VIANA, K. F.; MENESES, A. K. F.; MEIRELES,E. Crianças e adolescentes vivendo com HIV/AIDS e suas famílias: Aspectos psicossociais e enfrentamento. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 21 (3). (Dis-ponível em www.scielo.br). 2005.
RESUMO:
A conotação da aids como enfermidade crônica ao invés de doença letal deu nova ênfase à qualidade de vida dos adolescentes HIV positivo e novo significado e relevância às necessidades psicossociais dos mesmos. Assim, novos desafios descortinam-se para os cuidadores primários, como a revelação, o início ou continuidade da escolarização, a adesão ao tratamento e o início da vida sexual. Diante dessas dificuldades, os cuidadores têm que desenvolver técnicas próprias de enfrentamento dos estressores, pois é sabido que esses adolescentes possuem maior risco de apresentar problemas de ajustamento psicológico. Junte-se a isso o fato de a maioria desses adolescentes e familiares viver em condições de pobreza e recursos médicos e sociais precários.
Diante das dificuldades detectadas pelos pesquisadores, o estudo propõe-se a (1) coletar dados sociodemográficos, médico-clínicos e familiares dos adolescentes soropositivos; (2) descrever dificuldades e estressores percebidos pelos cuidadores; (3) identificar e analisar estratégias de enfrentamento. Participaram do estudo 43 cuidadores e 43 adolescentes. Como instrumentos os pesquisadores desenvolveram um roteiro semi-estruturado que investigava questões sociodemográficas, condições de saúde da criança/adolescente e condições psicossociais, além da Escala Modos de Enfrentamento de Problemas. O estudo é descritivo, de corte transversal. Como resultados da pesquisa, os autores citam (1) a necessidade de criação de equipes interdisciplinares para fazer um acompanhamento global da criança/adolescente; (2) medo de discriminação no ambiente escolar; (3) dificuldade na adesão ao tratamento, todos esses relacionados a um problema maior: a revelação do diagnóstico de soropositividade. Estudos mostram, no entanto, que a revelação não resulta em aumento de problemas emocionais e comportamentais, além do fato de que estas que sabiam de sua condição eram menos deprimidas e tinham maior suporte social. Em relação às estratégias de enfrentamento, os cuidadores lançam mão de religiosidade e pensamento fantasioso. O uso de suporte social foi verificado em cuidadores com melhor nível de escolaridade. O estudo tem como finalidade a estruturação de um modelo de atendimento para os cuidadores e para as próprias crianças/adolescentes, diante das demandas dos familiares aos profissionais de saúde. Assim, ele aponta para a deficiência na atenção a esse público específico, além da eficácia discutível das estratégias de enfrentamento desenvolvidas pelos cuidadores. Alguns mitos são desmistificados, além disso, há a necessidade de maior acesso à rede de suporte social e à informação aos menos validos.
Diante das dificuldades detectadas pelos pesquisadores, o estudo propõe-se a (1) coletar dados sociodemográficos, médico-clínicos e familiares dos adolescentes soropositivos; (2) descrever dificuldades e estressores percebidos pelos cuidadores; (3) identificar e analisar estratégias de enfrentamento. Participaram do estudo 43 cuidadores e 43 adolescentes. Como instrumentos os pesquisadores desenvolveram um roteiro semi-estruturado que investigava questões sociodemográficas, condições de saúde da criança/adolescente e condições psicossociais, além da Escala Modos de Enfrentamento de Problemas. O estudo é descritivo, de corte transversal. Como resultados da pesquisa, os autores citam (1) a necessidade de criação de equipes interdisciplinares para fazer um acompanhamento global da criança/adolescente; (2) medo de discriminação no ambiente escolar; (3) dificuldade na adesão ao tratamento, todos esses relacionados a um problema maior: a revelação do diagnóstico de soropositividade. Estudos mostram, no entanto, que a revelação não resulta em aumento de problemas emocionais e comportamentais, além do fato de que estas que sabiam de sua condição eram menos deprimidas e tinham maior suporte social. Em relação às estratégias de enfrentamento, os cuidadores lançam mão de religiosidade e pensamento fantasioso. O uso de suporte social foi verificado em cuidadores com melhor nível de escolaridade. O estudo tem como finalidade a estruturação de um modelo de atendimento para os cuidadores e para as próprias crianças/adolescentes, diante das demandas dos familiares aos profissionais de saúde. Assim, ele aponta para a deficiência na atenção a esse público específico, além da eficácia discutível das estratégias de enfrentamento desenvolvidas pelos cuidadores. Alguns mitos são desmistificados, além disso, há a necessidade de maior acesso à rede de suporte social e à informação aos menos validos.
6 comentários:
Oi galera!
Achei o resumo muito bem escrito.
Consegui detectar facilmente os objetivos ((1) coletar dados sociodemográficos, médico-clínicos e familiares dos adolescentes soropositivos; (2) descrever dificuldades e estressores percebidos pelos cuidadores; (3) identificar e analisar estratégias de enfrentamento), bem como os participantes(43 cuidadores e 43 adolescentes), métodos(roteiro semi-estruturado que investigava questões sociodemográficas, condições de saúde da criança/adolescente e condições psicossociais, além da Escala Modos de Enfrentamento de Problemas, sendo um estudo descritivo, de corte transversal) e os resultados. Dentro dos resultados, pode-se perceber uma maior necessidade de suporte social e de informações,(1) a necessidade de criação de equipes interdisciplinares para fazer um acompanhamento global da criança/adolescente; (2) medo de discriminação no ambiente escolar; (3) dificuldade na adesão ao tratamento, todos esses relacionados a um problema maior: a revelação do diagnóstico de soropositividade.
É! Parabéns equipe!
:)
Olá grupo,
Achei o resumo de vocês bem elaborado e estruturado, e o texto selecionado bem interessante e pertinente ao projeto de vocês. Só me pareceu que, confome descrito nos objetivos do referido texto, o enfoque maior dos autores foi no entendimento das dificuldades e estressores e das estratégias de enfrentamento, respectivamente, percebidos e adotados pelos cuidadores (inclusive apontando ao final, na análise de resultados, a eficácia discutível das estratégias de enfrentamento deste cuidadores).
Considero, pois, que há de fato uma necessidade de realização de outros estudos, complementares, salientado a perspectiva ou ponto de vista dos próprios pacientes
c/HIV, conforme vocês apontam na elaboração do Tema de vocês.
Um abraço,
E parabéns.
Olá equipe,
o resumo do grupo me agradou bastante. Além de estar bem-estruturado e bem-escrito, conta com elementos significativos diante do objetivo proposto pela equipe. Ademais, é pertinente ressaltar a relevância do tema de pesquisa de vocês e as discussões provenientes da mesma. O artigo traz dados muito interessantes principalmente no que concerne às estratégias de enfrentamento dos cuidadores dos soropositivos.
Enfim, ótimo e relevante resumo.
Oi gente!!
Gostei muito do resumo de vocês. Bem sintético e completo.
Pude visualizar claramente os objetivos, participantes, método utilizado e resultados.
Acredito que em vista da situação atual, em relação a AIDS, é muito importante que pesquisas sejam feitas principalmente quando se focam na subjetividade dos pacientes, que é subestimada na maioria das pesquisas médicas focadas nos tratamentos da doença(e não do doente).
Parabéns!!
Suilan o livro que falei chama: Pesquisa Qualitativa com texto, imagem e som. Esse livro tem um capítulo sobre narrativas.
Considero a escolha de vocês pelo artigo em questão coerente com este momento da pesquisa. O resumo está bem elaborado apresentando de maneira sintética todas as informações, incluindo resultados e conclusões. Afora isso, o meu interesse no resumo, e a relevância que atribuo ao mesmo na bibliografia do projeto de vocês, diz respeito a uma questão que é bastante valorizada pelos autores do artigo, a saber, o reconhecimento da importância da participação da família, de pessoas mais próximas e dos parceiros/as sexuais do adolescente que são variáveis indispensáveis no objetivo de assegurar a integralidade e autonomia da ação proposta por um modelo de atendimento. Obviamente, tomando como referência o direito do adolescente de saber o seu diagnóstico e considerando a revelação do mesmo como um passo importante não apenas no controle da infecção, mas também no sentido de motivar o cuidado com a própria saúde. No tocante a questão do enfoque dos autores no artigo, não considero essa abordagem como escapando do objetivo do projeto, até porque a tentativa de tornar possível atender os demandatários do serviço de forma integral e integrada e a necessidade de implementação de políticas com maior alcance, falam de uma dinâmica em vigor – de despreparo dos profissionais, de estigmas, de crenças e discutíveis estratégias de enfrentamento dos cuidadores – que caracterizam o ambiente da revelação de diagnóstico e que, portanto orientam enormemente o impacto subjetivo da revelação para o adolescente.
Enfim, ótima referência. Sorte!
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