sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Data: 19/08 Horário: 10:15
Mestrando: Eliana Edington da Costa e Silva
Prof. Leitor: Sônia Godim
Prof. Orientador: Antonio Virgilio Bittencourt Bastos

Título: Comprometimento organizacional versus consentimento: explorando os limites conceituais e empíricos entre os construtos.

O presente estudo teve como objetivo geral identificar os limites conceituais e empíricos entre os construtos ‘comprometimento organizacional’ e ‘consentimento’ nos vínculos que trabalhadores desenvolvem com suas organizações empregadoras. E como objetivos específicos: 1. Analisar a produção científica na área da psicologia organizacional, da psicologia social e da sociologia do trabalho que embasam as vertentes de pesquisas sobre os construtos de comprometimento organizacional e consentimento nos vínculos indivíduo-organização; 2. Construir e validar, a partir da literatura e revisão conceitual, uma escala para avaliar o construto consentimento identificando possíveis dimensões que a integram e seus níveis de confiabilidade; 3. Verificar a validade discriminante entre as medidas de comprometimento organizacional e de consentimento; 4. Avaliar, empiricamente, as relações entre um conjunto de variáveis identificando possíveis diferenças entre os preditores pessoais, ocupacionais e organizacionais dos construtos comprometimento organizacional e consentimento; 5. Avaliar, empiricamente, os conseqüentes (intenções comportamentais em relação à organização) dos construtos comprometimento organizacional e consentimento. Este estudo é extensivo, de corte transversal, a unidade de análise utilizada foram trabalhadores de segmentos organizacionais diferenciados e variadas categorias ocupacionais. O trabalho será desenvolvido em três etapas: teórica/conceitual, empírica (de caráter quantitativo) e analítica. Foi utilizado um questionário com itens fechados, em que os respondentes apresentam o grau de concordância com as afirmações, a partir de uma escala Likert de 6 pontos. O questionário foi composto por 28 itens referentes ao construto, envolvendo 6 dimensões que definiram operacionalmente o construto (obediência instrumental, obediência cega e não-cega, desobediência, isenção de responsabilidade, confiança e legitimidade do poder, aceitação íntima). Os dados quantitativos foram codificados e digitados em um banco de dados do software estatístico SPSS 15.0 - Statistical Package for Social e foram submetidos a análises fatoriais exploratórias, utilizando o método PAF (Fatoração do Eixo Principal) para extração dos fatores e o PROMAX para rotação. Para avaliar a fidedignidade do instrumento foram calculados os coeficientes alpha de Chronbach. Foram realizadas análises estatísticas adequadas à validação do instrumento de medida e às correlações entre os construtos. Na análise de dados também foi feita uma Regressão Linear Hierárquica e Análises Fatoriais Confirmatórias. Como resultados preliminares, a solução fatorial que é melhor explicada pelo modelo teórico foi composta por 3 fatores: Consentimento, Aceitação Íntima e Desobediência. A partir das primeiras análises, pode-se observar que o cumprimento estrito dos papéis ocupacionais não significa exclusivamente uma obediência cega às ordens e prescrições organizacionais (Fator 1). Também pode haver uma clara adesão às normas e prescrições a partir de uma aceitação íntima, uma concordância autêntica com as mesmas, produto dos processos de identificação com a organização (Fator 2). Finalmente, o construto consentimento apresenta uma dimensão de caráter condicional ou de desobediência diante de normas e regras sobre as quais o indivíduo não concorda ou aceita (Fator 3).


Comentários do Prof. Leitor: A professora Sônia afirmou que a pesquisadora escreve bem e é clara em expor suas idéias. No entanto fez uma crítica ao descompasso observado entre a parte teórica e a empírica, afirmando que os conceitos não foram claramente demarcados e são discrepantes com os objetivos. A mesma propõe que a pesquisadora seja mais objetiva ao expor o objetivo de pesquisa e dialogue mais com a parte teórica, equacionando melhor antes de expor o problema.


Comentários do Prof. Orientador: O professor concordou com as observações de Sônia e esclareceu que os conceitos utilizados na parte teórica são somente a base e não o foco da pesquisa e que os mesmos foram trabalhados na construção dos instrumentos.


Grupo do projeto:
Bruna Improta
Maíra
Maria Luiza Prudente
Mariana Maracajá
Priscila Galvão
Sandro

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