segunda-feira, 12 de maio de 2008

Projeto: Significado da AIDS para adolescentes de uma escola pública de Salvador


Título: Azevedo, Regina Lígia W; Fonseca, Aline F; Coutinho, Maria da Penha L; Saldanha, Ana Alayde W. Representações sociais da adolescente feminina acerca da sexualidade em tempo de aids. DST j. bras. doencas sex. transm. v.18 n.3 p.204-210, 2006.



Os autores do artigo tiveram como objetivo verificar as representações sociais da sexualidade e da aids compartilhadas por adolescentes do gênero feminino de uma escola pública e privada.

O estudo foi realizado em duas escolas de João Pessoa / PB, com a amostra de 110 adolescentes sendo 50 de escola pública e 60 de escola privada com a idade entre 12 e 19 anos. Como instrumento da pesquisa, foi utilizada a Técnica de Associação Livre de palavras. As palavras utilizadas como estímulos foram: eu mesmo, adolescência, sexualidade, aids e prevenção. Para análise dos dados, estes foram processados através do software Tri-Deux-Mots que permite a verificação gráfica das variáveis fixas (idade e tipo de escola) e variáveis de opinião (crenças, estereótipos). Esses dados foram processados pela Análise Fatorial de Correspondência (AFC) que destaca eixos que explicam as modalidades de respostas mostrando os conteúdos apreendidos nos discursos das adolescentes diante dos estímulos indutores.

Na análise dos resultados na evocação das palavras eu mesma as adolescentes tanto da escola pública como privada apresentaram uma auto- estima elevada e as mais velhas se representaram como mais autoconfiantes do que as mais jovens. Em relação ao estímulo indutor adolescência, as adolescentes das duas escolas emergiram palavras relacionadas a risco o que conclui uma vulnerabilidade social, quanto a idade as mais velhas apresentaram um amadurecimento maior do que as mais jovens. No estímulo indutor sexualidade as adolescentes da escola pública demonstraram maior preocupação com a gravidez o que foi ausente na representação das estudantes da escola privada, já em relação a idade as mais velhas demonstraram maior responsabilidade e maturidade para lidar com o tema. Na evocação da palavra aids as adolescentes da escola pública demonstraram ter mais informação sobre prevenção e as conseqüências da aids, quanto a idade a mais jovens representaram a aids como algo ruim o que não foi significativamente diferente das mais velhas. Na evocação da palavra prevenção todas as adolescentes representaram como algo positivo e certo. Em relação as variáveis de opinião demonstraram a importância e a necessidade de prevenção das DST/aids, tendo como segurança a camisinha para preservação da saúde, além disso, o conhecimento do senso comum, dessas jovens, intercalam com o instruído podendo ser observadas contradições, similaridades, cognição, afeição, emoção, racionalidades como condições que estão presentes no cotidiano das adolescentes que pode torná-las vulneráveis.

De acordo com o estudo, os autores ressaltam a importância de compreender alta incidência dos casos de aids entre as adolescentes como um fato de grande relevância social que está relacionado aos aspectos psicológico, socioeconômicos e culturais, que podem interferir de forma consistente na vulnerabilidade á infecção pelo HIV.

Equipe : Andayê Sant'Anna, Alexandre, Jamile Roriz, Leonardo

domingo, 11 de maio de 2008

Tema do Projeto: Como é percebida a apropriação privada de ruas públicas de Salvador pelos seus próprios moradores.

Equipe: Amanda Almeida, Valcleiton e Vítor Vattimo.

Artigo:

DA TRINDADE JÚNIOR, S. Entre o público e o privado: agentes e estratégias de apropriação do espaço na orla fluvial de Belém-pará (Brasil). Scripta Nova. Revista electrónica de geografía y ciencias sociales. Barcelona: Universidad de Barcelona, 1 de agosto de 2005, vol. IX, núm. 194 (9).

Resumo:

O artigo procura discutir a produção do espaço na faixa de orla fluvial de Belém com o objetivo de identificar os agentes produtores desse espaço, o papel que desempenham e suas respectivas importâncias, além de analisar as formas de apropriação e uso do solo urbano e suas repercussões na organização sócio-espacial dessa área, levando-se em conta a relação entre o espaço urbano público e o privado.

A análise da apropriação da orla é feita com base na literatura sobre o urbano, na qual a produção desse espaço é realizada por agentes que são agrupados da seguinte maneira: proprietários fundiários, proprietários rentistas, proprietários usuários da moradia, promotores imobiliários, grupos sociais excluídos e o Estado. Cada agente interfere no uso e no valor simbólico do espaço em questão de acordo com os seus interesses particulares.

No caso da orla fluvial de Belém, foram aplicados questionários aos usuários desse espaço. Esses questionários permitiram cadastrar 425 estabelecimentos existentes no local e forneceram dados que permitiram identificar os principais agentes de produção do espaço da orla. Em grau de importância, tais agentes são os seguintes: o Estado, através de ações diretas (a exemplo do uso da orla por instituições públicas e das intervenções urbanísticas nela realizadas) e indiretas (como o incentivo do Estado para que empresas se instalem na orla, através da isenção de impostos por exemplo); os proprietários dos meios de produção, comércio e serviço; os grupos sociais excluídos, no processo de ocupação de terrenos e produção de moradias, a exemplo dos moradores da área denominada Vila da Barca, que agrupa pessoas com baixo poder aquisitivo em sub-habitações; os proprietários fundiários, que mantêm terrenos sem usos definidos apenas para fins especulativos; os agentes do denominado circuito inferior da economia urbana, identificados na pesquisa como todos aqueles que utilizam o espaço mencionado para desempenhar pequenas atividades comerciais não formais ou aquelas que necessitam de pouco investimento, a exemplo das feiras e mercados; os proprietários rentistas, ou seja, aqueles que alugam seus imóveis a terceiros objetivando a obtenção de lucros; e os proprietários usuários da moradia, ou seja, aqueles que utilizam a sua propriedade para fins residenciais.

A funcionalidade da orla é marcada pelas atividades comerciais, portuárias e industriais, sendo a utilização residencial reduzida. Nota-se aí que, muitas vezes, sob o aval do próprio poder público, os espaços comuns são subtraídos pelos agentes privados, impedindo a coabitação característica do espaço público. Observa-se ainda a existência de espaços coletivos em que o usufruto só é possível por indivíduos de determinada classe social e econômica, o que fere, do mesmo modo que o exemplo anterior, a noção principal do que seria o espaço público.

TEMA:
A contribuição da arteterapia na melhoria da qualidade de vida de pacientes oncológicos idosos durante a internação.

ARTIGO:
ORMEZZANO, Graciela; ARRUDA, Liane Z.
Intervenção arteterapêutica com uma paciente oncológica idosa. Rev. Bras. de Ciên. do Envelh. Hum.; V. 2 N. 2 - Jul.-Dez. / 2005.

RESUMO:

O objetivo do estudo foi encontrar respostas sobre a contribuição que a arteterapia pode trazer ao conforto de pacientes oncológicos idodos e oferecer subsídios para a melhoria da qualidade de vida desses pacientes durante a internação. Buscou-se a significação de uma intervenção arteterapêutica individual e dos desenhos realizados pelos pacientes oncológicos, com o intuito de interpretar o simbólico nas imagens produzidas no leito hospitalar. Este foi um estudo qualitativo que usou a estratégia de estudo de caso, apresentando o caso de uma paciente que fez parte de uma investigação maior realizada no Posto 2 do Hospital São Vicente de Paulo, na cidade de Passo Fundo, RS, na qual foram atendidos todos os pacientes oncológicos ali internados duas vezes por semana, durante o período de noventa dias.

Dentre os pacientes atendidos, foi escolhido o caso de Laura, de cor branca, sessenta anos, casada, com filhos, portadora de mieloma múltiplo. Essa mulher foi selecionada por ter contraído uma doença que normalmente acomete pessoas idosas, que não ocorre antes dos quarenta anos e que afeta principalmente homens e negros. Por essas razões, ela foi convidada a participar da pesquisa e assinou o "termo de consentimento livre e esclarecido". Em cada abordagem a paciente fazia um desenho no qual expressava o que estava sentindo naquele momento. No processo arteterapêutico, o importante é o que o autor do desenho quer dizer através dele e como ele o vê. O desenho tinha um significado próprio para a paciente, permitindo um diálogo interno e, posteriormente, a exteriorização ao falar para o arteterapeuta. Fora do processo terapêutico e com vistas a um conhecimento aprofundado sobre as possibilidades de simbolização das imagens visuais, foi realizada uma interpretação dos desenhos produzidos com base nas teorias do imaginário.

O estudo pode sugerir alguns indícios dos benefícios do tratamento arteterapêutico aos pacientes oncológicos idosos: pelo desenho, pode-se permitir a expressão de idéias ou sentimentos não verbalizados e auxiliar a resolver os desconfortos provocados por esses conteúdos internos. Pode-se constatar que essa abordagem favoreceu a paciente a entender sua situação e a reorganizar-se, além de provocar um alívio pelo choque diante da doença e da hospitalização, proporcionando-lhe melhores condições de vida durante a internação.


Acreditamos que o artigo, apesar de ser um estudo de caso, poderá nos ajudar já que o tema do nosso trabalho também envolve a arteterapia e o câncer. No entanto, sentimos falta de uma definição do que são as teorias do imaginário utilizadas como base da interpretação dos desenhos feitos pela paciente.

GRUPO: Bruna Improta, Elizabete, Marcia Lisboa e Maria Luiza Oliveira.

Resumo de artigo

TEMA DO PROJETO: As relações de poder entre os saberes no cuidado psicopatológico

INTEGRANTES: André Mattos, Felipe Lôbo, Victor Martins

ARTIGO:

Foucault, M. A pesquisa científica e a psicologia. In: Foucault, M., Dits et ecrits, v. 1, p. 137-158. Paris: Editions Gallimard, 1994. Texto traduzido do francês por Patrícia Netto Alves Coelho.


O artigo situa a pesquisa científica no panorama da psicologia (na França, principalmente) com um olhar crítico, inicialmente deflagrando dois modos possíveis de se fazer psicologia (científico ou não) e se aprofundando numa discussão da ciência, pesquisa e prática na constituição da psicologia.
Foucault cita um professor para trazer a questão da existência de uma “psicologia” (filosófica) e uma “psicologia científica”, a existência de uma escolha que se deve fazer, particular ao campo psicológico. A pesquisa em psicologia, então, não seria necessariamente científica, mas implicaria em uma escolha, e o problema da identificação desta dualidade com uma verdadeira e uma falsa psicologia é resolvido ao afirmar que é a boa escolha que define a verdadeira psicologia.
A pesquisa psicológica na França teve em Binet um nome central, precedido por programas filosóficos positivistas; seu laboratório de psicologia experimental e pesquisas que o deram continuidade são referências importantes. A pesquisa na França teria nascido à margem da psicologia oficial, sendo a psicanálise um bom exemplo. É destacada, a intenção polêmica da pesquisa em psicologia, que surge contra um ensino, está sempre pondo em cheque as bases da positividade da ciência, de sua objetividade. Na psicanálise, subverte-se uma psicologia da consciência para uma psicologia do Inconsciente, onde a ciência, a pesquisa e a prática já se confundem, o objeto da ciência põe em questão o método da ciência, e mesmo se constitui através dele.
Nas confrontações consigo mesma, a pesquisa psicológica não lida com o erro científico, senão com ilusões, procurando sempre desmistificá-las. Reduz-se suas questões epistemológicas a questões psicológicas, caracterizando sua pesquisa como crítica, negativa e desmistificadora.
O ensino da psicologia é semelhante aos demais quanto à sua ineficácia, mas difere quando a orientação profissional é independente dos estudos universitários. Já a psicanálise tem seu ensino essencial em uma psicanálise didática, sem uma formação teórica mais ampla.
A prática psicológica não se fundamenta na formação teórica, de modo que a pesquisa nasce num limbo existente entre as duas, não sendo capaz de uní-las. Os testes psicológicos acabam validando-se em outros testes já validados, sem recorrer à psicologia teórica, de modo que prática acaba fundamentando-se em técnicas.
A psicologia se assemelha a outros campos ao responder por necessidades econômicas, mas difere de outras ciências, como a física, pois quando sua prática cessa, o seu objeto também se perde, restando apenas a “mitologia de sua verdade”. Ela encontra sua necessidade na negatividade das práticas humanas, e aí estabelece a sua positividade. De frente à sua escolha inicial e à necessidade de estabelecer sua positividade para configurar-se como uma psicologia verdadeira, a pesquisa volta-se para a experiência negativa do homem.
Concluindo o texto, uma crise de existência é denunciada pelo autor, onde se inscrevem as dificuldades da pesquisa psicológica: “o tempo da juventude passou, sem que a juventude tenha jamais passado”. A pesquisa, ao escolher a psicologia científica, fornece as condições de existência da sua verdade, e, portanto, o seu caminho; é a “razão de ser científica e prática da psicologia”, cuja única salvação seria um “retorno aos Enfermos”.

Austimo e Estratégias de Enfrentamento

TEMA:

A busca da rede de apoio como estratégia de enfrentamento para os pais de crianças portadoras de autismo

ARTIGO:

Schmidt, Carlo et al. Estratégias de Coping de Mães de Portadores de Autismo: Lidando com Dificuldades e com a Emoção. Psicologia: Reflexão e Crítica, Rio Grande do Sul, n. 20(1), 2007

O artigo se propõe a investigar quais são as estratégias de coping utilizadas pelas mães de portadores de autismo. Essa investigação se fez necessária uma vez que estudos anteriores apontaram, nesta dinâmica familiar, eventos causadores de estresse e a necessidade de se compreender melhor a natureza das estratégias geradas para lidar com as situações estressantes.
Participaram do estudo 30 mães cujos filhos foram diagnosticados, segundo o DSM-IV, como portadores do autismo e freqüentam instituições de atendimento em Porto Alegre (RS).
Este estudo misto teve como instrumento, na etapa qualitativa, uma entrevista semi-estruturada que investigava a situação de dificuldades com o filho (as três grandes áreas de comprometimento: interação social, modalidade de comunicação e padrões repetitivos de interesses, atitudes e comportamentos), a forma como a mãe lida com esta dificuldade e como esta lida com seu próprio sentimento decorrente da situação.
O marco teórico que embasou a análise de dados foi a teoria de Laurence Bardin sobre a Análise de Conteúdo, o que possibilitou a categorização das estratégias de enfrentamento apresentadas pelas mães. A partir da categorização, foram observadas as distribuições de frequência nas diferentes categorias (etapa qualitativa), quando foram calculados índices de concordância para as estratégias de coping frente às dificuldades dos filhos (77,8%) e as estratégias para lidar com as próprias emoções (86,1%).
As categorias de enfrentamento mais utilizadas para lidar com as dificuldades do filho foram: ação direta, aceitação e ação. No que se refere às estratégias para lidar com as próprias emoções, foram encontradas: distração, busca de apoio social e inação.
A partir a observação de que estas mães conseguem lidar de forma direta com as dificuldades de seus filhos, mas não com as próprias emoções, sugere-se a implementação de grupos de apoio e orientação, focados nas estratégias de enfrentamento.

O artigo se faz importante para a construção do nosso projeto visto que são poucos os estudos realizados sobre a forma da mãe lidar com as suas próprias emoções. Conseguimos delinear melhor a estratégia de enfrentamento que queremos investigar, direcionando o objetivo do nosso projeto para a estratégia de base de apoio/rede social.

Componentes: Ana Thereza Martins, Isabele Plácido, Lhais Alves e Nelma Oliveira.

sábado, 10 de maio de 2008

PERGUNTA: Como diferentes formas de tratamento, psicoterápico ou medicamentoso, contribuem na adequação social de pacientes com Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA) em seu contexto familiar.

ARTIGO: ROHDE, Luis A.; HALPERN Ricardo. Transtorno de déficit de atenção / hiperatividade: atualização. Jornal de Pediatria(Rio J.) v.80 n.2 supl.0 Porto Alegre abr. 2004.


RESUMO: Rohde e Halpern(2004), em seu artigo Transtorno de déficit de atenção / hiperatividade: atualização, realizam uma revisão, para o pediatra clínico, dos principais aspectos do histórico, epidemiologia, etiologia, neurobiologia, quadro clínico, comorbidades, diagnóstico, evolução e tratamento do transtorno TDAH. Quanto ao método de coleta de dados usado, trata-se de uma revisão abrangente, não-sistemática, da literatura sobre o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, realizada com base em 68 artigos sobre o tema. Os principais resultados desta revisão são organizados e distribuídos nas categorias de estudo citadas. Em uma síntese dos resultados encontrados, os autores destacam: O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade é de base neurobiológica, com alta prevalência em crianças e adolescentes; o tratamento é bastante eficaz, envolvendo uso de medicação na maioria dos casos. Com base nestes dados, concluem que o pediatra está numa posição privilegiada para a detecção precoce do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade em crianças e adolescentes e para o manejo inicial dos casos menos graves e não complicados pela presença de extensa comorbidade.
Consideramos que, por se tratar de uma revisão voltada para orientar atuação do pediatra clínico, o estudo citado se baseie numa abordagem do tema mais voltada p/ a as áreas biológicas, enfocando, inclusive na síntese dos dados, a origem neurobiológica ou um tratamento medicamentoso do transtorno do TDAH.
Entretanto, consideramos que há uma série de outros aspectos apresentados ao longo da estrutura deste artigo de revisão que são igualmente relevantes e que vão além deste enfoque biológico. Selecionamos alguns tópicos que consideramos mais relevantes, para o nosso estudo em particular, apresentamos a seguir:
Sobre Etiologia, autores consideram que apesar do grande número de estudos já realizados, as causas precisas do TDAH ainda não são conhecidas. Entretanto, a influência de fatores genéticos e ambientais no seu desenvolvimento é amplamente aceita na literatura. Em relação aos fatores ambientais, ou agentes psicossociais, consideram que estes parecem ter participação importante no surgimento e manutenção da doença, pelo menos em alguns casos, e citam, como evidência, os estudos de Biederman et al(1995) que teria encontrado uma associação positiva entre algumas adversidades psicossociais e o TDAH.

Sobre Diagnóstico, a desatenção, hiperatividade e impulsividade é apresentada como tríade sintomatológica clássica da síndrome, sendo que, para o diagnóstico do TDAH, é sempre necessário contextualizar os sintomas na história de vida da criança e verificar graus de duração, freqüência, intensidade, persistência e prejuízo na vida da criança.

Em relação aos Tratamentos, autores primeiramente afirmam que o tratamento do TDAH envolve uma abordagem múltipla, englobando intervenções psicossociais e psicofarmacológicas. No âmbito das intervenções psicossocias, Rohde e Halpern(2004) afirmam que a modalidade psicoterápica mais estudada e com maior evidência científica de eficácia para os sintomas centrais do transtorno, bem como para o manejo de sintomas comportamentais comumente associados é a cognitivo-comportamental, especialmente os tratamentos comportamentais. Sendo que, dentre os tratamentos comportamentais, o treinamento parental parece ser a modalidade mais eficaz.

Os autores destacam, então, um estudo comparando diferentes formas de tratamento do TDAH, estudo este realizado pelo MTA Cooperative Group (1999), cujos resultados demonstrariam claramente uma eficácia superior da medicação nos sintomas centrais do transtorno quando comparada à abordagem psicoterápica e ao tratamento comunitário e que a abordagem combinada não resultaria em eficácia maior nos sintomas centrais do transtorno quando comparada à abordagem apenas medicamentosa.

Integrantes: Gerusa Cordova, Susana Rebouças

Resumo: Comportamento governado por regras e os subprodutos da punição.

TEMA DO PROJETO:
Comportamento governado por regras e os subprodutos da punição.


ARTIGO:
MATOS, Maria Amélia. Comportamento governado por regras. Rev. bras.ter. comport. cogn. [online]. dez. 2001, vol.3, no.2 [citado 10 Maio 2008], p.51-66. Disponível na World Wide Web: . ISSN 1517-5545.



RESUMO:

O artigo faz uma breve revisão das intenções e finalidades didáticas relacionadas ao comportamento governado por regras e discute questões de um tipo especial de estímulos discriminativos: as regras. A autora destaca que o estudo do controle por regras sempre deveria envolver uma análise do contexto social do falante (que emite a regra) e do ouvinte (que seguirá ou não a regra), caracterizando tanto a linguagem como os processos simbólicos e as regras como exemplos de comportamento verbal, e como tal gerados no ambiente em que vivemos.

Através de exemplos comumente vivenciados pelo público alvo de nosso projeto pesquisa, o artigo faz a diferenciação entre os controle por contingências naturais e controle por contingências culturais (ou mais especificamente, controle do comportamento por regras). Embora, em ambos os casos, as respostas e conseqüências sejam topograficamente semelhantes, no primeiro caso o antecedente é genericamente um estímulo discriminativo relacionado ao histórico do ouvinte, enquanto no segundo caso o estímulo discriminativo é uma regra ou uma instrução social que, se seguida, acarretará em um ganho.

Ao longo do artigo é apresentado vários exemplos de estudos feitos a partir de comportamentos controlados por regras, calcados na perspectiva behaviorista radical e em situações cotidianas vivenciadas no trânsito, em hospitais, laboratórios experimentais, entre outros. Os exemplos citados no artigo convergem na afirmação de que os comportamentos controlados por regas passam a ocorrer sem o acompanhamento destas, na medida em que as contingências se tornam mais fortes e extinguem o controle pela regra, passando a ser um comportamento automatizado. Também o artigo contempla uma análise sobre o comportamento verbal, utilizados nas mais diversas abordagens terapêuticas.



EQUIPE:
Thiago Bomfim, Elídio Almeida, Gisélia e Fábio

Resumo

TEMA DO PROJETO:

As implicações psicossociais da revelação diagnóstica na perspectiva dos pacientes com HIV/AIDS e dos profissionais de saúde

ARTIGO:

MARQUES, Heloisa Helena de Sousa et al . A revelação do diagnóstico na perspective dos adolescents vivendo com HIV/AIDS e seus pais e cuidadores. Cad. Saúde Pública , Rio de Janeiro, v. 22, n. 3, 2006 .

RESUMO:

O objetivo deste artigo foi identificar aspectos da revelação do diagnóstico da infecção pelo HIV a crianças e adolescentes, sob o ponto de vista de adolescentes vivendo com HIV/AIDS e seus cuidadores, procurando entender as dificuldades envolvidas e indicar estratégias para sua superação. Trata-se de um estudo qualitativo. Foram realizadas entrevistas com adolescentes de idade entre 10 e 20 anos, conhecedores do seu estado sorológico, e com cuidadores de outros adolescentes na mesma condição, conhecedores ou não da sua soropositividade, em serviços de referência nas cidades de São Paulo e Santos. Os participantes foram selecionados conforme perfis relevantes para o estudo proposto combinando aspectos como idade do adolescente soropositivo, seu sexo, modo de infecção e características do cuidador. O quadro teórico que guiou o estudo foi construído com base no conceito de vulnerabilidade. Como resultado dessa experiência observou-se que as demandas para revelação do diagnóstico são geradas pela própria equipe, por familiares e por ambos. Foram identificados como elementos que dificultam a tarefa: o medo do preconceito, da discriminação e da reação da criança, e do que poderá acontecer após a revelação; o desconforto pela exposição da história familiar; e medo das responsabilidades. Como principais motivações para a revelação foram apontados: má adesão ao tratamento, iminência de início da vida sexual, demanda da criança ou adolescente e abordagem inadequada do profissional. A revelação diagnóstica mostrou-se um momento crítico na vida dos adolescentes infectados pelo HIV, principalmente para aqueles infectados por via sexual ou uso de drogas, e suas famílias. Apesar de relatarem um impacto negativo a princípio, a revelação mostrou-se posteriormente benéfica em relação aos cuidados do adolescente com a sua saúde e melhoria no diálogo com cuidadores e serviços. A principal recomendação, sugerida com base no estudo, é que o momento da revelação deve fazer parte de um planejamento de longo prazo, negociado ativamente com a família e conduzido por equipes multidisciplinares.

EQUIPE:

Ernani França, Marília Pena e Suilan Rossiter.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Interessses

Saudações caros colegas,

Somente agora envio meu perfil, um tanto quanto tardiamente, por motivos de força maior.
Minhas experiências com pesquisas se apresentam um pouco incipientes, como a de parte dos demais colegas. Um dos trabalhos que considero de maior significância, em termos de pesquisa em psicologia, dos quais fiz parte foi no campo das representações sociais da homossexualidade, desenvolvido na disciplina Psicologia Social II.
Atualmente meus intessses estão voltados para psicologia social dos estereótipos, fenomenologia, behaviorismo radical e neurofeedback.

Atenciosamente,

Fábio.

terça-feira, 6 de maio de 2008

TEMA DO PROJETO: Mecanismos utilizados pelos profissionais na condução da assistência sexual da mulher em um posto de saúde de Salvador e a apreensão das usuárias acerca deste serviço.

ARTIGO: NUNES, Mônica de Oliveira et al . .O agente comunitário de saúde: construção da identidade desse personagem híbrido e polifônico. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, vol.18, no.6, Nov./Dez. 2002.

RESUMO:

O objetivo deste artigo é analisar o processo de construção de identidade dos agentes comunitários de saúde (ACS) a partir de sua inserção na equipe do Programa de Saúde da Família e da interação com os moradores dos bairros onde atuam. Neste contexto, são enfatizados no decurso dessa análise especialmente os aspectos que dizem respeito aos conflitos de interpretações, as relações de poder que se estabelecem entre os usuários do programa na construção identitária do ACS a partir de três perspectivas: aquela que vem inscrita na formação oficial desses agentes, aquela produzida pelo próprio agente acerca de si mesmo e da sua prática e aquela veiculada pela comunidade.Tal estudo adota a estratégia de pesquisa etnográfica.

Quanto ao procedimento, o estudo foi desenvolvido em nove áreas de estudo, nas quais o PSF tinha pelo menos um ano de implantação, entre 1999 e 2001.
Os dados foram coletados apartir da realização de cerca de 500 entrevistas domiciliares, nove grupos focais com famílias usuárias do programa e cinco com equipes do PSF, além de entrevistas complementares com informantes chaves (ACS, médicos, gestor municipal, lideranças comunitárias etc.). Na análise dos dados, adota-se como ponto de partida uma reflexão sobre a formação desse profissional, detendo-se, contudo, nas relações de poder que se estabelecem, seja no interior das equipes ou na relação com a comunidade e nos conflitos de interpretações que se depreende do seu papel de tradutor.

Os principais resultados encontrados pela investigação referem-se ao fato do ACS ser uma pessoa que convive com a realidade e as práticas de saúde do bairro onde mora e trabalha, e ser formado a partir de referenciais biomédicos, o que faz deste um ator que veicula as contradições e, ao mesmo tempo, a possibilidade de um diálogo profundo entre esses dois saberes e práticas.

Diante destes achados, uma importante questão trazida pelo autor é o fato destes agentes de saúde exercerem o papel de tradutor no contexto da saúde pública, ou seja, eles assumem a interpretação e transmissão dos conhecimentos médicos e biomédicos a população, indo do universo científico ao popular. Considerando o fato dele pertencer a esse mesmo universo e, portanto, supostamente compreender de dentro os conflitos ai existentes. Por essa mesma razão, a superação dessas dificuldades é, em alguns casos, buscada por esse ator a partir de uma perspectiva de dentro do universo de sentido das pessoas da comunidade. Nota-se inclusive que, numa perspectiva ampliada, aquelas equipes de saúde da família que desenvolvem, pelo estreito contato com a realidade local, uma maior sensibilidade a diferenças sociais e culturais, levando-as mais a sério, tendem a desenvolver dinâmicas extremamente favoráveis à miscigenação cultural.

Grupo de pesquisa:Ana Paula Plantier, Daniela Miranda, Karina Neville, Roberta Reis e Uila Neri.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

olá pessoal,
Estamos enviando o resumo de um artigo como combinado em aula!

TEMA DO PROJETO:
Mecanismos utilizados pelos profissionais na condução da assistência sexual da mulher em postos de saúde de Salvador e a apreensão das usuárias acerca deste serviço

ARTIGO:
SOUTO, Cláudia Maria Ramos Medeiros et al . Tendências das pesquisas de enfermagem em saúde da mulher no período de 2001 a 2005. Texto contexto - enfermagem, Florianópolis, v. 16, n. 4, 2007 .

RESUMO

O objetivo deste estudo é analisar as tendências das pesquisas na área de saúde à mulher, publicadas nos Anais dos Congressos Brasileiros de Enfermagem, no período de 2001 a 2005. Para tanto foi realizado uma pesquisa bibliográfica.


A população do estudo consistiu em resumos com enfoque na saúde sexual e reprodutiva, gênero e violência da mulher publicada nos Anais dos Congressos Brasileiros de Enfermagem, no período de 2001 a 2005. Esta pesquisa teve por resultado 1.494 resumos o qual foi necessário um outro método de exclusão, ou seja, teria que ser resumos de relatórios de pesquisa. A amostra diminuiu para 960 resumos.

Os dados foram coletados mediante a utilização de um formulário estruturado, contendo questões referentes com a proposta da pesquisa, incluindo: métodos de estudo adotados, sujeitos das pesquisas, cenário da investigação, região do país em que a investigação se realizou, área de atuação dos autores, diretrizes e ações programáticas preconizadas pelas políticas públicas vigentes na área da saúde da mulher, bem como a literatura disponível sobre as tendências das pesquisas de enfermagem. Os dados foram analisados de acordo com a estatística descritiva.

Encontrou-se uma prevalência da abordagem qualitativa nas pesquisas, um significativo número de resumos nos quais está ausente o método de pesquisa adotado pelos autores, além da falta de informações de importância metodológica.

Quanto aos sujeitos a maioria das pesquisas envolveu mulheres adultas seguidas de adolescentes e idosas. Os estudos com adolescentes apontaram uma tendência à ampliação de ações direcionadas a esse grupo, em decorrência do número acentuado de gestações não planejadas, abortamentos, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Observou-se um baixo e decrescente número de pesquisas com mulheres idosas.

Contatou-se um elevado percentual dos estudos em instituições hospitalares representadas por hospitais, maternidades e ambulatórios, com forte tendência a sua extensão para os serviços de atenção básica e para a comunidade. Observou-se a predominância de pesquisas de autoria de docentes seguida daquelas cujos autores são estudantes de graduação e enfermeiros assistenciais.

As temáticas gestação e pré-natal, parto e puerpério, aliadas à humanização congregaram o maior número de trabalhos, evidenciando uma prática profissional e de pesquisa voltadas para a atenção à saúde da mulher. Segundo o autor culturalmente ainda é a mulher - no ciclo reprodutivo - a cuidadora e provedora da saúde dos filhos e da família em geral e é ela que forma vínculo com o sistema de saúde, portanto, constata-se sua presença predominante nas pesquisas. Sendo assim, considerou-se que a expansão e extensão dos cenários de investigação além de evidenciarem mudanças na atenção à saúde, mostram uma ampliação de setores e serviços em que a enfermagem pode e deve atuar, validando sua importância enquanto prática social em todos os níveis de atenção à saúde da mulher.

Verifica-se a partir dos resultados do estudo, uma tendência à investigação de temas que guardam uma forte relação com as políticas públicas e com os problemas de saúde da mulher. Destaca-se no estudo, a participação de outros profissionais não enfermeiros como médicos, psicólogos, assistentes sociais, administradores, nutricionistas e pedagogo. Essas parcerias poderiam influenciar em transformações significativas na assistência e no elo de docência e assistência/teoria e prática, amplamente discutido nos âmbitos acadêmicos e institucionais como fator co-responsável pelo desenvolvimento da profissão.


Grupo de pesquisa:
Ana Paula Plantier, Daniela Miranda, Karina Neville, Roberta Reis e Uila Neri.




quarta-feira, 30 de abril de 2008

Aula de Sexta

Olá Pessoas,

Não haverá aula na sexta dia 02/05. Vejo vocês na terça com mo resultado da prova!

Até mais!

Matheus

sábado, 5 de abril de 2008

Olá, pessoal.

Infelizmente posto aqui para informar que tranquei esta disciplina. Desejo uma boa sorte à todos e procurarei acompanhar os projetos de vocês.

Um abraço,

Thiago

terça-feira, 25 de março de 2008

Pergunta em processo de lapidação...

A pergunta de meu grupo (André, Thiago, Felipe e eu) está ainda em processo de lapidação. Vislumbramos até então a possibilidade da aplicação de um trabalho de metedologia arqueológica com raízes na obra de Michel Foucault na investigação do trabalho interdisciplinar na prática clínica (ainda não definimos se esta clínica refere-se à psicopatologia em especial ou possui uma conotação mais geral) e suas implicações na ética. Os alvos do trabalho arqueológico pretendido até são arquivos de acompanhamento clínico hospitalar transdisciplinares.
Pudemos verificar uma analogia do trabalho científico transdisciplinar no mito "Jasão e os Argonautas (ou o Velocino de Ouro)" da cultura grega clássica e pretendemos recorrer a ele em nossas análises finais se nossas observação continuar condizente com a metáfora que enxergamos no mito. Estamos flertando também com idéias esquizoanalíticas e a possibilidade da inclusão de seu referencial teórico em nosso trabalho.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Tema de Pesquisa

O nosso grupo optou por investigar o quão eficaz é o trabalho de prevenção de HIV/Aids no ambiente escolar. Já existe um projeto nacional que pretende promover o debate sobre a prevenção de HIV/Aids em algumas escolas e pretendemos observar os efeitos destes sobre os alunos.

Componentes: Anadayê; Alexandre; Jamile e Leonardo

terça-feira, 18 de março de 2008

Sugestão de pesquisa

Pessoal ainda estou sem grupo. Dia desses li num jornal que Salvador apresenta um dos maiores índices de desemprego do país e que um dos recursos utilizado pelos trabalhadores que estão nessa situação é buscar vagas nos serviços de intermediação de mão-de-obra da cidade. Pensei que poderíamos extrair daí uma possibilidade de pesquisa, por isso proponho esse tema:

Qual a relevância dos serviços de intermediação de mão-de-obra na cidade do Salvador?

Penso, para tentar responder a esta pergunta, aplicar questionários em usuários de quatro instituições que prestam este tipo serviço: duas estatais (SIMM e SINE) e duas privadas (a definir). Se alguém se interessar pelo tema podemos trocar informações. Qualquer crítica ou sugestão, também será bem vida!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Problema de Pesquisa

Equipe: Amanda e Valcleiton.

Problema de pesquisa: Como o espaço físico privado afeta a construção da individualidade da pessoa?

Desse modo, queremos saber como o espaço físico privado tem influência sobre as relações interpessoais (tanto dentro como fora da família), de que modo ele se torna um facilitador ou não de processos de socialização, até que ponto funciona como um limitador de aspirações e concepções, a importância da relação entre o privado e a privacidade (muitas vezes inexistente) para o indivíduo.

Esboço do problema de pesquisa

Eu e Felipe conversmamos e decidimos pesquisar algo sobre epistemologia. A primeira proposta foi indagar se a pesquisa transdisciplinar, tão em voga, é mesmo possível. Temos a intenção de trabalhar com outros conceitos, tais como disciplinaridade, interdisciplinaridade, transdisciplinaridade. Para tanto, iremos recorrer à leitura de Focault, entre outras.
É um projeto de pesquisa téorico e estamos aberto à sugestões e, também, participantes que se interessem pelo projeto.

Atenciosamente,

Thiago Dória

Tema de Pesquisa

Olá gente!

O problema de pesquisa da nossa equipe é o seguinte: De que forma as políticas públicas voltadas à orientação sexual da mulher estão sendo efetuadas em um Posto de saúde de Salvador? (posto de saúde a ser selecionado).
A partir deste problema queremos investigar o alcance dessas políticas de saúde da mulher estão sendo condizentes na prática com o que se propõe. Em outras palavras, comparar o conteúdo das políticas públicas com os resultados obtidos.

Componentes da equipe: Uila, Roberta, Ana Paula e Karina.

domingo, 16 de março de 2008

Tema da Pesquisa

Tema:

Estratégias de enfrentamento da família de crianças autistas


Queremos pesquisar quais são essas estratégias e como é estabelecida a dinâmica familiar frente à sobrecarga decorrente dos cuidados especiais exigidos pela criança autista.


Temos a intenção de entender como a família lida com eventos percebidos como estressantes e se esta conta, também, com o tratamento psicológico, visto que com a criança é necessário um tratamento multidisciplinar onde inclui-se a psicoterapia (pelo menos, teoricamente).


Acreditamos que para isso é necessário compreender as variáveis psicossociais existentes no contexto familiar.


Críticas serão muito bem-vindas.


Componentes: Ana Thereza Martins, Isabele Plácido, Lhais Alves e Nelma Oliveira.