Tema: TDAH e diferentes formas de tratamento
Artigo: Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade na infância e na adolescência: considerações clínicas e terapêuticas. Rev. psiquiatr. clín. v.31 n.3, São Paulo, 2004
(Luis Augusto Rodhe; Euripedes Constantino Miguel Filho; Lúcia Benetti;Carolina Gallois; Christian Kieling)
Resumo: Embora certamente bastante subdiagnosticado na nossa população, o TDAH vem sendo alvo de crescente interesse da comunidade de professores, de profissionais da área de saúde e da própria mídia.Em alguns dos poucos ambulatórios especializados no País, já não é infrequente a chegada de crianças e adolescentes com o diagnóstico erroneamente firmado.Embora várias razões possam ser discutidas para explicar essa situação,é importante que o psiquiatra que lida com crianças e adolescentes possa estar atento ao fato de que tanto a capacidade atencional quanto a de controle motor são variáveis dimensionais na população.
Levy et al.(1997) documentaram, num estudo pioneiro com uma amostra de 1.938 famílias australianas de gêmeos,que a herdabilidade dos sintomas de desatenção e hiperatividade era similar entre várias definições de TDAH(como uma entidade contínua ou discreta a partir de diferentes pontos de corte).Assim, o transtorno pareceria melhor entendido como o extremo de um comportamento que varia geneticamente na população como um todo, ao invés de uma entidade dicotômica.Portanto, tratando-se de algo dimensional na população,é de se esperar que o clínico tenha maiores dificuldades de estabelecer onde colocar o ponto de corte.
O objetivo deste resumo é orientar o psiquiatra sobre alguns dilemas clínicos e terapêuticos frequentemente encontrados no tratamento desses pacientes.Assim, as seguintes questões são abordadas: a) a diferenciação com a normalidade(a questão da desatenção e do descontrole motor como um conceito dimensional na população); b) a idade de início de prejuízo dos sintomas; c) a fronteira com quadros de transtorno de humor bipolar; d) as diretrizes terapêuticas na presença de comorbidades.
Métodos: revisão abrangente, não sistemática da literatura sobre as seguintes questões: a) diferenciação normalidade/presença do transtorno; b) importância clínica do critério de idade de início de prejuízo dos sintomas; c) a fronteira com quadros de transtorno de humor bipolar; d)diretrizes terapêuticas na presença de comorbidades.
Resultados: são apresentadas dicas clínicas para caracterizar o diagnóstico sem aumentar significativamente a proporção de falsos positivos no grupo dos portadores do transtorno, bem como para auxiliar tanto no diagnóstico diferencial com THB quanto no manejo farmacológico do transtorno na presença de comorbidades.
Equipe: Gerusa Córdova e Susana Rebouças
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3 comentários:
Considero o texto escolhido interessante no que se refere ao fato dos autores se ocuparem da questão das dificuldades clínicas e terapêuticas encontradas no tratamento dos pacientes, decorrente das dificuldades do diagnóstico, e das diferentes possibilidades referidas para suavizar esses problemas.
Muito bom, meninas. Sorte!
Acho importante o texto, pois ele aborda de forma bastante clara e compreensível (pelo menos, é o que o resumo dá a entender), questões que têm uma forte implicação no tema de vocês. Quando vocês propõem o tema em relação a diferentes formas de tratamento, sem dúvida é essencial analisar questões como o diagnóstico, principalmento no que se refere a comorbidades, dificuldades diagnósticas etc.
Meninas, me digam uma coisa, vcs mudaram o tema do projeto, para algo mais geral, ou só colocaram dessa vez "TDAH e diferentes formas de tratamento" para abreviar?
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